Mais de 400 cafeicultores enviaram suas amostras para concorrer ao prêmio Coffee of the Year  Brasil 2018. Dos concorrentes à melhor bebida de café canéfora, apenas 30 foram selecionados. Entre eles, sete rondonienses, com destaque para dois indígenas e uma mulher.

A agricultura nas terras indígenas é diversificada e com pouca aplicação de tecnologia.
A agricultura nas terras indígenas é diversificada e com pouca aplicação de tecnologia.

O Coffee of the Year  é um dos mais conceituados eventos de premiação da melhor bebida de café nas categorias Coffea arabica e Coffea canephora (Conilon/Robusta). Além dos visitantes as amostras são oferecidas aos especialistas de vários países para degustação e avaliação da qualidade e sabor da bebida.
A avaliação e premiação ocorre dentro da Semana Internacional do Café, a ser realizada no período de 7 a 9 de novembro, em Belho Horizonte-MG. Trata-se de um encontro de grande importância para o segmento cafeeiro, onde cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, empresários, baristas, e proprietários de cafeterias se reúnem para fazer negócios e trocar experiências.

Este é o terceiro ano que Rondônia participa do evento levando os dez cafeicultores melhores classificados na categoria qualidade e um em produtividade no Concurso de Qualidade e Produtividade do Café de Rondônia (Concafé). No primeiro ano, os cafeicultores participantes ganharam conhecimento, mas no segundo ano, mostraram que Rondônia tem sim, grande potencial para concorrer entre as melhores bebidas de café do país e, das quatro amostras enviadas para o Coffee of the Year, duas trouxeram para casa o premio de segundo e terceiro melhores cafés do Brasil.

CAFÉ DA FLORESTA
Desta vez foram enviadas dez amostras e sete foram selecionadas para concorrer ao prêmio deste ano. Entre eles, ganha destaque o café produzido por famílias indígenas, representados por Valdir Ferreira Aruá, da Aldeia São Luiz, e Wagner Kuwawi Tupari, da Aldeia bananeira, ambos pertencentes a Terras do Rio Branco, no município e Alta Floresta do Oeste.

Suzi é a primeira mulher cafeicultora a conseguir uma pontuação elevada na categoria de cafés especiais.
Suzi: primeira cafeicultora com pontuação elevada em cafés especiais.

A agricultura nas terras indígenas é diversificada e com pouca aplicação de tecnologia. Plantam culturas de subsistência como mandioca, milho e algumas frutíferas, além da castanha-do-brasil, sua principal fonte de renda. A cafeicultura foi introduzida nas aldeias  há 15 anos, em pequenas áreas plantadas e cultivadas em clareiras no meio da floresta.

Valdir Aruá foi o segundo colocado no Concafé 2018, realizado no final de setembro deste ano. Seu café possui acidez cítrica encontrada nos frutos do bacuri, aroma de ervas e especiarias, amadeirado com toques de andiroba, sabor de castanhas, cacau e bacaba, é uma verdadeira mistura amazônica dos povos da floresta.  Wagner Tupari é um jovem de 18 anos, cuja nota de avaliação o classificou entre os 18 melhores cafés especiais da competição.

Outro destaque é a cafeicultura Suzi Aparecida da Silva, da Chácara dois Irmãos, de Novo Horizonte do Oeste. Ela toca sozinha a sua propriedade quatro hectares e ficou na 6ª colocação no Concafé 2018. Suzi é a primeira mulher cafeicultora a conseguir uma pontuação elevada na categoria de cafés especiais, durante o Concafé 2018.

Com isso, Rondônia vai surpreendendo o mercado consumidor e ganhando destaque entre os maiores produtores de café do mundo.

Acesse aqui a relação dos classificados ao prêmio Coffee of the Year  Brasil 2018

 

Texto: Wania Ressutti
Jornalista – SRTE/DRT/RO-959
Fotos: Irene Mendes
Repórter fotográfica – SRTE/DRT/RO-368
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