A experiência de mais de 30 anos de trabalho da cooperóloga Maria Irenilda de Sousa Dias em atividades de extensão rural resultou em uma abordagem sobre como o modelo convencional de gestão administrativa praticado pelas cooperativas de agricultura familiar tem influenciado nas decisões e no desenvolvimento rural de Rondônia. A obra é fruto de pesquisa junto às organizações sociais rurais e ao trabalho desenvolvido com jovens de Escolas Família Agrícola (EFA) e seus familiares. O livro “Gestão Participativa e Compartilhada: um modelo para as cooperativas da Agricultura Familiar” foi lançado pela editora CRV e já está disponível para compra.

Um novo modelo de gestão compartilhada e participativa.
Maria Irenilda é extensionista rural da Emater-RO desde o ano de 1987.

Extensionista da Emater-RO desde o final da década de 1980, Maria Irenilda tem trabalhado junto às organizações sociais rurais propondo uma reflexão sobre a capacidade de organização que leve à prática de um modelo não apenas produtivo, mas de desenvolvimento social e econômico, com gestão participativa e compartilhada.  A ideia é propiciar o envolvimento de toda a família, não somente no trabalho já praticado na propriedade, mas também nas decisões tomadas dentro de casa e nas organizações, inclusive ouvindo também o jovem e permitindo que ele tenha um espaço para deliberar e por em práticas suas ideias.

O livro está dividido em seis capítulos onde a autora detalha cada passo da sua pesquisa e da sua proposta em analisar os modelos de gestão praticados pelas cooperativas e experimentar um novo modelo de gestão compartilhada e participativa. “Fizemos uma análise comparativa do desempenho entre duas das cooperativas envolvidas na pesquisa, enquanto uma delas utilizava o modelo de gestão proposto, a outra se mantinha no modelo convencional, o qual já vinha praticando”, explica Maria Irenilda.

Um novo modelo de gestão compartilhada e participativa.
Um novo modelo de gestão compartilhada e participativa.

Para a cooperóloga, a pesquisa feita por ela deixa evidente que a agricultura familiar é um segmento estratégico para a soberania nacional e que os serviços de assistência técnica e extensão rural são relevantes na preparação das comunidades agrícolas, em especial para gestão de seus empreendimentos. A pesquisa deixa evidente também a influência de um modelo fundamentado na democracia participativa, para a democratização da gestão nas unidades produtivas familiares e sua contribuição para a permanência dos jovens na atividade agrícola e, consequentemente, para a sucessão na agricultura familiar.

A AUTORA
Maria Irenilda de Sousa Dias é cooperóloga pela Universidade Federal da Paraíba; Sc.M. História, Direitos Humanos, Território e Cultura no Brasil e América Latina pela Universidad Pablo de Olavide (ES); Ph.D. Administração, com ênfase em Gestão de Cooperativas Agropecuárias pela Universidad Nacional de Misiones (AR). Especialista em Gestão Social da Educação Rural e Profissionalização de Agricultores pela Escola Superior de Agronomia de Mossoró; e em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal de Rondônia; Professora colaboradora na Universidade Federal de Rondônia, atuando em projetos de pesquisa, extensão e formação nas áreas de extensão rural e pesqueira, metodologias participativas, cooperativismo e economia solidária. É extensionista rural da Emater- RO desde o ano de 1987.

O livro “Gestão Participativa e Compartilhada: um modelo para as cooperativas da Agricultura Familiar” está disponível para compra aqui.

Texto: Wania Ressutti
Jornalista – SRTE/DRT/RO-959
Fotos: Wania Ressutti
EMATER-RO
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