Variedades especiais de capim desenvolvidas pela Embrapa e divulgadas pela Emater-RO melhoram o desempenho da produtividade na bovinocultura.
Produtores rurais de Rondônia orientados pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO) vêm adotando o cultivo de espécies de capim elefante melhoradas pela Embrapa e adaptadas para Rondônia, alguns relatos de produtores e extensionistas garantem que a capacidade de lotação da pastagem, que era de duas unidades animal (UA) por hectare, passou para cinco UA na mesma área. Com a utilização da nova tecnologia se conseguiu ganho de peso e produção de leite por área, jamais visto pelos produtores do Estado.
São duas as cultivares lançadas, uma possibilita pastejo em piquetes rotacionados e é identificada com o nome de BRS Kurumi, trata-se de uma variedade de capim elefante anão, muito rico em elementos nutricionais e possui grande capacidade de produção de massa verde. A outra é o capim BRS Capiaçu, cultivar com maior aptidão para o fornecimento aos animais no cocho, tanto na forma de forragem fresca como servida na forma de silagem. Capiaçu é uma variedade de capim elefante gigante que alcança 4m de altura, capaz de produzir 100 toneladas de massa verde por hectare, em um único ciclo.
KURUMI
Numa avalição dos impactos da cultivar BRS Kurumi, verificou-se a produtividade da terra em relação à produção de leite por hectare ano, observou-se um resultado impressionante, onde se produzia 4.467 litros de leite por hectare ano, com pastagem comum, depois da adoção da tecnologia (BRS Kurumi) houve um salto para 14.296 litros por ano, um crescimento de 9.829 litros de leite na mesma área, revela o relatório da Embrapa( considerando-se poder alimentar até cinco vacas por hectare, com a tecnologia (no sistema de pastejo).
CAPIAÇU
Cultivar forrageira que carrega uma tecnologia obtida pela seleção de clones de capim elevante, que se destaca pela capacidade de produzir grande quantidade de forragem de alto valor nutritivo por hectare, em um ciclo de 90 dias. É capaz de produzir até 50 toneladas de matéria seca por hectare ano, quantidade de volumoso que suplementado com sais minerais e fontes de proteína, pode alimentar até 50 bovinos adultos por ano, diz relatório de resultado de pesquisa da Embrapa.
Experiências de produtores, relatadas por eles mesmos, aos extensionistas da Emater-RO confirmam a potencialidade e efetividade da tecnologia na produção de forragem, as cultivares foram introduzidas em Rondônia na metade da década passada, e já são largamente difundidas em todos os municípios do estado, especialmente entre os produtores de leite. O presidente da Emater-RO Luciano Brandão incentiva a divulgação dessa tecnologia, por entender que ela ajuda a baixar o custo de produção, razão pela qual o governo mantem os programas de incentivo a produção, “ o compromisso do governo é com o produtor rural” disse o governador Marcos Rocha referindo-se aos programas que considera fundamentais para a continuidade do desenvolvimento da agropecuária Rondoniense.
Texto: Enoque de Oliveira
fotos: Robson Paiva
