enxertia
O material para a enxertia deve ser retirado de uma ramo jovem de uma planta adulta.

Em Rondônia o cultivo comercial de plantas frutíferas ainda é pequeno, a maioria das frutas consumidas pela população local ainda é importada de outros estados, mas o uso de algumas técnicas relativamente simples, pode mudar esse quadro, porque o principal a natureza já nos dá, que é solo e clima, entre as técnicas de manejo reprodutivo das plantas, a enxertia é a mais importante para se conseguir um cultivo vigoroso e precoce.

Com a técnica da enxertia o produtor é capaz de reproduzir e multiplicar centenas ou milhares de vezes uma planta, que apresente características muito desejadas, como resistência a doenças, ser produtiva, ter qualidade de sabor. E o produtor ainda leva como premio a diminuição tempo entre o plantio e a produção, em até 50%, diz o extensionistas da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), Jorge Procópio do escritório de Porto Verde em Porto Velho.

Nesta quinta feira um grupo de 14 produtores se reuniu na chácara do agricultor Aldenor Galdino, na área da bacia leiteira ramal do boto, para aprender com o técnico da Emater-RO como fazer a enxertia de plantas frutíferas, em um mesmo dia os produtores aprendem com o técnico as lições teóricas, ele também faz as demonstrações praticas e organiza a prática pratica dos produtores , que precisa ser repetida à exaustão, para fixar o aprendizado da técnica, diz Procópio.

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Todas as espécies frutíferas arbóreas podem ser enxertadas.

Nessa área no entorno da capital, muitos agricultores familiares se dedicam ao cultivo de frutíferas, pela facilidade de comercialização na cidade, mas o nível tecnológico das plantações ainda é muito precário, impondo ás famílias uma baixa rentabilidade.

Os produtores puderam conhecer os princípios teóricos da enxertia, que diferente do que muitos pensam, não altera a genética da planta, apenas reproduz na forma de clone a planta matriz, portanto todas as características da planta mãe serão transferidas para uma outra  planta rústica, que possua um bom sistema de raízes, e não que precisa ser produtiva, já que dela se utilizará apenas o tronco e as raízes, sobre seu tronco será implantado o enxerto, e este sim será produtivo e com todas a características agronômicas desejadas, explicou o engenheiro florestal Jorge Procópio.

Praticamente todas as espécies frutíferas arbóreas podem ser enxertadas, e sempre com vantagens, principalmente em relação à precocidade e altura das plantas, antecipando o retorno do investimento e facilitando a colheita dos frutos.

Quanto ao tipo de enxertia, existem diversas técnicas, as mais comuns são a garfagem e a burbulhia, na primeira faz-se um corte retirando a parte superior da planta base, chamada de cavalo, e faz-se uma fenda no toco e implanta-se um ramo da planta desejada, que é o cavaleiro ou enxerto. Já a técnica da burbulhia, abre-se a casca da planta que servirá de cavalo, em forma de T ( normal ou invertido) e implanta-se uma gema retirada de um ramo da planta doadora dos enxertos.

Em ambos os casos é necessário fixar e proteger o enxerto da entrada de água, amarrando-o com uma fita apropriada para enxertia, e depois é só aguardar o pegamento, que pode ser verificado em torno de quinze dias depois da enxertia, a depender da espécie utilizada.

Texto Enoque de Oliveira
Foto: Rayne Andrade

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