mandioca-farinha
com assistência técnica populações tradicionais podem modernizar seus sistemas produtivos.

Comunidade quilombola Forte Príncipe da Beira, recebe assistência técnica da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia ( Emater-RO), em suas atividades de produção agropecuária. O núcleo  populacional da zona rural de Costa Marques é originário da população negra de Vila Bela da Santíssima Trindade, antiga capital do estado de Mato Grosso, e habita as margens do Guaporé  nas proximidades da unidade militar do Forte Principe da Beira, desde o final do século 18, mas ainda luta pelo pleno reconhecimento da propriedade das terras que ocupam.

As famílias de agricultores tradicionais descendentes de escravos, que fugiram ou  foram abandonados pelos seus senhores que buscaram regiões mais prosperas para viver, nas proximidades de Cuiabá. Os senhorios deixaram para trás muitos escravos que permaneceram vivendo às margens do Rio Guaporé e seus afluentes, esta população permaneceu vivendo do extrativismo, da criação de animais e da produção agrícola; cultivando pomares domésticos, fazendo plantções de grãos para subsistência e sobre tudo cultivando mandioca para a fabricação de farinha.

A Emater-RO, presta assistência técnica à comunidade do Forte Príncipe, ajudando a modernizar as suas  praticas produtivas, inclusive disponibilizou um técnico responsável pela elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR ), da área de posse da comunidade. E vem atuando na orientação dos produtores para que consigam o melhor aproveitamento das políticas publicas, oferecidas pelos governos estadual e federal.

Em visita à comunidade o secretário Evandro Padovani, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), garantiu a inclusão dos agricultores das comunidades quilombolas remanescentes, Forte príncipe e Santa Fé, nos programas estaduais de fomento a produção. A Seagri fará a doação de Calcário e  mudas clonais para os produtores interessados no cultivo de café ou cacau, a Emater-RO se encarrega da assistência técnica para as principais culturas agrícolas, e promove a inclusão do produtores nas políticas publicas .

O cultivo de mandioca para fabricação de farinha é tradição dos ribeirinhos.
O cultivo de mandioca para fabricação de farinha é tradição dos ribeirinhos.

Os técnicos do escritório local da Emater-RO em Costa Marques orientam também os produtores a diversificar a produção com a inclusão de frutíferas e hortaliças nos cultivos, ao mesmo tempo realiza o cadastramento dos produtores nos programas públicos de venda direta do agricultor familiar (PAA).

A principal cultura agrícola trabalhada pelos agricultores da comunidade é o cultivo da mandioca, atividade que promove ocupação para toda a família, e mesmo sendo uma produção artesanal, a fabricação da farinha de mandioca consegue agregar bastante valor à produção primária, desenvolvida por eles, diz o técnico Almiro Dias Filho.

Na sexta dia 15 de outubro, haverá uma reunião interinstitucional para tratar das parcerias para indução do desenvolvimento da comunidade, inclusive a construção de uma escola rural, para os filhos desses agricultores, a direção da Emater-RO já confirmou participação na reunião.

 

 

Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Irene Mendes

http://www.emater.ro.gov.br/ematerro/wp-content/uploads/2021/10/20211014-mudas-caf.jpghttp://www.emater.ro.gov.br/ematerro/wp-content/uploads/2021/10/20211014-mudas-caf-150x150.jpgAssessoria de Comunicação EMATERAgriculturaExtensão RuralNotíciasUltimas notíciasComunidade quilombola Forte Príncipe da Beira, recebe assistência técnica da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia ( Emater-RO), em suas atividades de produção agropecuária. O núcleo  populacional da zona rural de Costa Marques é originário da população negra de Vila Bela da Santíssima Trindade, antiga...