Indicação geográfica na espécie indicação de procedência para o cacau em amêndoas.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) publicou nesta última terça-feira (14), a concessão do registro de Indicação Geográfica do cacau em Rondônia. O fruto passa a integrar a lista de produtos já reconhecidos pelas qualidades particulares atribuídas à produção originária no estado, tendo como indicativo a sua procedência.

Assim como o café rondoniense que recebeu a certificação de indicação geográfica conferido a produtos característicos do seu local de origem, que se distinguem dos similares disponíveis, e a produção de tambaqui, reconhecida na categoria de indicação de precedência na região do Vale do Jamari, o cacau rondoniense recebeu o registro de reconhecimento de indicação geográfica. Desta vez a limitação atinge os 52 municípios do estado e Rondônia pode ser considerada referência na cultura do cacau em amêndoas.

O cacau é uma cultura que se adapta muito bem as condições climáticas de Rondônia.

Conhecido cientificamente pela nomenclatura de Theobroma cacao, o cacau de Rondônia cumpriu todas as exigências requeridas pelo órgão de registro de marcas e indicação geográfica do Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços. Hoje, Rondônia é o terceiro maior produtor de cacau do país, atrás somente do Pará e da Bahia e conta com um parque cacaueiro de mais de oito mil hectares plantados e uma produtividade média de 748 Kg/ha, em uma atividade que envolve cerca de 4,5 mil agricultores familiares.

PRODUÇÃO E QUALIDADE
A história conta que o cacau já existia em Rondônia desde meados 1.790, mas somente a partir da década de 1970 deu-se início ao plantio comercial, data essa que se deu a instalação da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) no estado. Em 2003, Rondônia se coloca entre as primeiras posições na produção primária do cacau em amêndoas na Amazônia Ocidental. Hoje, com os programas de incentivo do governo estadual, como o Plante Mais, que distribuiu mudas de clones de cacau mais produtivos e resistentes, o estado desponta entre os grandes produtores nacionais.

O governador Marcos Rocha parabeniza os cacauicultores e destaca a importância do cacau para o estado e enfatiza que continuará a incentivar e promover inovações para a produção de um cacau de qualidade. “Com mais um selo certificando nossos produtos, temos certeza que estamos elevando Rondônia à categoria de melhor estado com aptidão reconhecida para o desenvolvimento da agricultura no país.

Mais de oito mil hectares plantados e uma produtividade média de 748 Kg/ha.

Para chegar a essa excelência na cultura cacaueira, Rondônia vem contando com parceiros comprometidos que tem priorizado a inovação e a produção com sustentabilidade no desenvolvimento do setor agropecuário. O presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, destaca a autarquia tem se empenhado em levar aos agricultores familiares as práticas e técnicas mais eficientes para produzir cada vez mais e melhor e que nada disso seria possível se não houvesse o empenho dos parceiros nessa jornada. “São essas parcerias que fortalecem o segmento agropecuário e nos fortalece perante todas as adversidades para que possamos chegar à excelência”, diz Brandão.

Participaram desse projeto que levou o estado mais uma vez a receber o selo de identificação geográfica, além do governo estadual, que envolveu a Emater-RO, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril (Idaron), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Câmara Setorial do Cacau, os cacauicultores de Rondônia, de uma forma geral.

Texto: Wania Ressutti
Jornalista – MTE-1744/RO
Fotos: Irene Mendes
Repórter fotográfica – MTE-368/RO
EMATER-RO

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