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A silagem de milho melhora a nutrição do rebanho e é uma solução ambiental, porque porque diminui a exigência de áreas de pastagem

No pico do período seco em Rondônia, os pecuaristas, que trabalham com gado de leite ou de corte, passam pelas mesmas dificuldades para alimentar o rebanho, por causa do déficit de pastagens. A consequência é a diminuição na produção de leite e a perda de peso ou diminuição no crescimento dos bezerros, acarretando grandes prejuízos financeiros. O problema, no entanto tem solução, com o uso da silagem, e no caso do leite pode se converter em vantagem para o produtor, já que é justamente neste período que o leite alcança os melhores preços.

Um trabalho desenvolvido no escritório local da Emater-RO em Espigão do Oeste, é demonstra a eficácia do uso da tecnologia da silagem na alimentação dos rebanhos. O exemplo vem da produtor rural, Lacino Betzel, que recebe assistência técnica da Emater-RO a sete anos, diz gerente do escritório Cristiane Mondin, neste período ele fez investimentos, adequação dos processos produtivos e registros de seus custos de produção, facilitando o planejamento da atividade produtiva, para torná-la mais lucrativa.

As planilhas de produção e custo do produtor revelam que ele alcançou uma produção de 50 toneladas por hectare de silagem milho, considera-se que em condições normais, 30 por cento desse volume é de matéria seca (MS), portanto cada hectare vai gerar 15 toneladas de material seco.

Considerando-se que o consumo dos animais bovinos, é em media 2,5 por cento de seu peso vivo em matéria seca, uma vaca de 500kg vai comer aproximadamente 12kg de MS/dia, o que corresponde a aproximadamente 40kg de silagem por dia, se comesse exclusivamente no cocho, mas mesmo com déficit de pastagens no nosso verão amazônico, considera-se que os animais podem comer 50% da sua necessidade de volumoso, em capim no pasto, reduzindo assim a necessidade de fornecimento de silagem pela metade.

O que as informações acima demonstram, são vantagens que o produtor pode conseguir com o uso da técnica da silagem de milho, pois ainda que o criador precise fornecer silagem durante 120 dias por ano, com apenas um hectare de milho para silagem o produtor poderá alimentar 20 vacas no período.

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Os silos podem ser de diferentes modelos, em Rondônia o mais usado é o silo de superfície, em razão do menor custo.

Levando-se em conta que o custo para implantação de um hectare de milho para silagem é de R$ 4084,00 reais, pode-se considerar muito caro, mas sabendo-se que a produção de vacas leiteiras, de boa qualidade varia entre 08 e 20 litros de leite dia, podemos considerar a média, 14 litros, e multiplicar pelo numero de dias (120) e numero de animais (20) e encontramos a produção possível para o período, que é igual a 33.600 litros de leite, volume mais do que suficiente para garantir a cobertura dos custos e gerar superávit.

Diante dos dados apresentados pelos técnicos da Emater-RO, em Espigão do Oeste, não há o que se negar, sobre as vantagens do uso da tecnologia da silagem na alimentação do gado, especialmente o gado leiteiro, durante o período seco em Rondônia. Além da boa nutrição do rebanho, e a manutenção da produção de leite, tem a vantagem de ser justamente no período seco que o leite alcança o melhor preço, existem ainda as vantagens da estabilidade sanitária resultante da boa nutrição do rebanho.

 

Texto: Enoque de Oliveira – DRT 913

Fotos: Arquivo Emater-RO

http://www.emater.ro.gov.br/ematerro/wp-content/uploads/2020/02/silagem-compacta.jpghttp://www.emater.ro.gov.br/ematerro/wp-content/uploads/2020/02/silagem-compacta-150x150.jpgAssessoria de Comunicação EMATERDestaquesNotíciasUltimas notíciasbovinocultura,silagemNo pico do período seco em Rondônia, os pecuaristas, que trabalham com gado de leite ou de corte, passam pelas mesmas dificuldades para alimentar o rebanho, por causa do déficit de pastagens. A consequência é a diminuição na produção de leite e a perda de peso ou diminuição no...